sexta-feira, 27 de julho de 2012

Um brinde à covardia

Maria era jovem, diferente, gostava de observar mapas, de leituras non sense e ficar sozinha. João era turrão, inteligente, gostava de ver filmes japonês. Duas pessoas muito diferentes, o que os uniu foi o gosto musical. Numa noite qualquer em um lugar qualquer eles se entreolharam e viram que havia algo de diferente. João quis comprar Maria. Deu-lhe presentes e conversa boa. Maria sentiu-se importante. João queria mais, Maria não sabia o que queria. Certa vez João convidou Maria para ir em sua casa. Maria foi, como quem não quer nada. João disse com todas as letras que queria entrar em Maria e ela, sem muito dizer, na verdade queria o mesmo. Na manhã seguinte João acordou estranho. Colocou Maria dentro de um carro e a levou para longe. Maria ficou sem entender, estava angustiada. João a deixou perto de pessoas conhecidas, disse que ela estaria segura e poderia ficar despreocupado. Maria ainda estava sem entender, com o gosto estranho da nostalgia de ontem. Tempo se passou e João nunca mais quis Maria. Ele simplesmente sumiu. Maria ficou ali, confusa e com medo. Maria tentou fazer algo por ela, não quis mais procurar João, ela pensava que tudo tinha sido um sonho, ou coisas da sua imaginação. Ela não conseguia acreditar que João se interessara por ela. Maria sempre teve complexos e sua baixo estima sempre me incomodou. Apesar de tudo, até que era uma boa pessoa. João? Nunca mais deu notícias, as vezes eu realmente penso que Maria criou toda essa história, mas não. João abandonou mesmo Maria sem avisá-la e sem motivos que ela possa compreender. Maria, por sua vez, fez uma promessa a si mesma: prometeu nunca mais se envolver com qualquer João que tivesse bom gosto, boa conversa e presentes. Maria queria ser autossuficiente. Ainda não sei se ela conseguiu. Mas por que Maria fez isso? Por que ela queria se afastar de todos por uma única experiência? Ora, Maria é covarde! Ela tem MEDO. Isso mesmo, M-E-D-O. Mas medo de que? Medo de sofrer? Viver é sofrer, Maria, aprenda isso. Mas Maria é intensa, não gosta de "só uma noite". Ela renunciou a liberdade, renunciou as boas conversas, renunciou o "carpe diem", ela quis renunciar sua vida! Pára, Maria, que coisa chata! Eu não a entendo. Maria vive sem querer viver e age muitas vezes por impulso de sua consciência (ou seria de seu subconsciente?). Não sei. Mas Maria precisa dar um jeito em sua vida e não depositar todas suas esperanças em atitudes alheias. Ela precisa perder as chaves.

3 comentários:

Tatiane Brugnari disse...

Adorei Frozita, sou fã do seu blogger!!

Lika FRÔ disse...

Você é muito fofa, Tati. Sou tão sua fã :D

Nath Lex disse...

que lindo Y_Y